Você já ouviu falar em guerra cibernética? Se trata de uma comparação com as guerras tradicionais e conflitos armados, porém, feita com ataques cibernéticos.
O termo tem se tornado cada vez mais popular, ainda mais em meio a inúmeros ataques à privacidade de dados de grandes empresas.
Neste artigo, vou falar justamente sobre as tais guerras cibernéticas. Quais são as possibilidades e consequências de uma guerra cibernética? Será que existe mesmo esse risco?
O que é uma guerra cibernética?
A guerra cibernética são ataques programados e com alvo definido a sistemas de empresas ou organizações.
O objetivo da guerra cibernética é qualquer setor que seja importante para a infraestrutura do inimigo. Isso significa setores óbvios, como exército, defesa nacional e indústria militar.
No entanto, esses alvos também podem ser fábricas de armas civis, minas e outros fabricantes que ajudam essas fábricas a operar – além dos sistemas elétricos que alimentam todos esses setores.
Em casos mais graves, a guerra cibernética pode ter como alvo não apenas o que citei anteriormente, como também o recurso estratégico mais importante de qualquer país: seus cidadãos.
Os hackers podem lançar ataques terroristas para desestabilizar ou impedir que as pessoas se protejam.
Em outras palavras, isso trará algumas consequências terríveis, como ataques ao setor financeiro, que vão causar perdas econômicas, ou ataques aos sistemas de comunicação – imagine o que aconteceria se uma rede telefônica fosse desativada e a Internet fosse paralisada.
Quais são os efeitos de uma guerra cibernética?
O vazamento de dados confidenciais pode, por exemplo, permitir que invasores chantageiem outras pessoas.
Se o governo não puder se proteger de ataques cibernéticos, os cidadãos perderão a confiança em sua capacidade de se proteger e o país ficará instável.
Por exemplo, um ataque pode interromper a transmissão de energia em grandes cidades, suspender o acesso à Internet, obstruir o tráfego, entre outras coisas.
Os custos de uma guerra cibernética
Ataques cibernéticos muitas vezes resultam em perdas financeiras substanciais decorrentes de:
- Roubo de informações corporativas, financeiras (por exemplo, dados bancários ou detalhes de cartão de pagamento), e também roubo de dinheiro;
- Interrupção da negociação (por exemplo, incapacidade de realizar transações online);
- Perda de negócios ou contrato.
Os principais custos que as violações cibernéticas acarretam, geralmente, estão ligados ao reparo de sistemas e dispositivos hackeados.
Danos à reputação
A confiança e a reputação são elementos essenciais em qualquer empresa. Os ataques cibernéticos podem prejudicar a reputação de sua empresa e minar a confiança que seus clientes depositam em você. Isso, por sua vez, poderia levar a:
- Perda de clientes;
- Perda de vendas;
- Redução nos lucros.
Aliás, o efeito de danos à reputação pode até impactar seus fornecedores ou afetar os relacionamentos que você pode ter com parceiros, investidores e terceiros em seu negócio.
Consequências legais da violação cibernética
As leis de proteção de dados e privacidade (como a LGPD), exigem que você gerencie a segurança de todos os dados pessoais que possui – seja de sua equipe ou de seus clientes.
Portanto, se esses dados forem acidentais ou deliberadamente comprometidos e você não tiver implementado as medidas de segurança adequadas, poderá enfrentar multas e sanções regulatórias.
Conclusão
Fatos provaram que a maioria das invasões se deve ao uso de credenciais fracas roubadas e manipuladas por cibercriminosos para acessar sistemas que, de outra forma, não teriam licença para isso.
As empresas devem estar preparadas para qualquer tipo de invasão de hackers, ou seja, para a guerra cibernética. Por isso, é importante oferecer treinamento aos funcionários e investir em softwares feitos para garantir a segurança dos sistemas da empresa.
Por fim, quero deixar uma indicação: ouça o meu bate-papo com o National Security Officer da Microsoft, Marcello Zillo, pelo episódio #31 do The Walking Tech. Nele, discutimos como as pessoas estão se preparando para os ataques cibernéticos. Para ouvir, clique aqui!
Artigos Relacionados